sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Tarso Genro insinua que há grupos interessados na sua saída do governo Lula

O ministro da Justiça, Tarso Genro, negou nesta quinta-feira que pretenda deixar a pasta. Mas insinuou que há grupos interessados em desestabilizar sua permanência no governo com o objetivo de instrumentalizar o Ministério da Justiça para fins políticos. O peremptório ministro rebateu a hipótese de estar "magoado" por causa da disputa de interpretações sobre a eventual responsabilização dos crimes de tortura cometidos durante a ditadura. "Eu acho que efetivamente são boatos ou então lobby de algum grupo criminoso que esteja sendo investigado pela Polícia Federal, ou eventualmente de algum grupo fora do mundo político que queira utilizar o ministério para fins políticos, coisa que não autorizo nem permito aqui", afirmou ele, peremptoriamente, referindo-se às informações que ele poderia deixar o governo Lula. Tarso Genro rechaçou ainda que esteja magoado com a posição da Advocacia Geral da União que é contrária à responsabilização dos crimes de tortura da ditadura militar (1964-1985). Nos últimos dias, a disputa de interpretações sobre o assunto foi parar no Palácio do Planalto, onde o presidente Lula conversou com o advogado-geral da União, José Antônio Toffoli, sobre o assunto.