quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Supremo para esta quinta-feira julgamento sobre caso do ministro Paulo Medina

O Supremo Tribunal Federal adiou para esta quinta-feira o julgamento do caso de Paulo Medina, ministro afastado do Superior Tribunal de Justiça, e de mais quatro pessoas acusadas de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis. A sessão teve início nesta quarta-feira, quando foram ouvidos os advogados de defesa dos acusados. O ministro-relator do processo, Cezar Peluso, leu o relatório elaborado pelo Ministério Público que trata de denúncias sobre a suposta venda de decisões judiciais em favor de um esquema de irregularidades. Os ministros da Suprema Corte vão decidir nesta quinta-feira se será aberta uma ação civil pública ou se o caso vai ser arquivado. Além de Medina, são denunciados os desembargadores José Eduardo Carreira Alvim e José Ricardo de Siqueira Regueira, o juiz federal Ernesto da Luz Pinto e o procurador regional da República João Sérgio Leal Pereira, assim como Virgílio Medina, irmão do ministro afastado do Superior Tribunal de Justiça. O Ministério Público Federal denunciou os envolvidos em crimes que vão desde corrupção passiva, formação de quadrilha até prevaricação. Inicialmente, a previsão era de que a sessão na Suprema Corte fosse secreta. Mas, por unanimidade, os ministros decidiram abri-la, como normalmente ocorre no Supremo. A defesa do ministro afastado Paulo Medina comparou as acusações contra ele às injustiças cometidas contra Jesus Cristo. O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro disse que o calvário a que Medina foi submetido é "suficiente para liquidar parte do juiz e parte do homem".