quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Nação colorada resolve entregar os rumos da sua vida aos associados

Há uma grande novidade no setor esportivo no Rio Grande do Sul, verdadeiramente histórica. Na noite de segunda-feira, os cardeais do clube (conselheiros) compareceram a uma eleição para presidente do Internacional. Disputava a eleição o atual presidente, o empresário Vitorio Piffero, que quer se reeleger. Em oposição a ele apresentou-se Claudio Bier, que defendia a tese de que o presidente, no ano do centenário do clube, deve ser eleito pela torcida. Pois bem, Claudio Bier conquistou 88 votos. Ele conseguiu apenas dois votos além do necessário para jogar a eleição para um segundo turno, no qual terão condições de votar pelo menos 27 mil dos 80 mil sócios do Internacional. O atual presidente Vitorio Piffero, que conquistou 209 votos, e queria resolver tudo no primeiro turno, apenas entre a elite do clube (os conselheiros), agora está diante do inusitado: a torcida do Internacional, que torce o nariz para ele, porque, apesar dos enormes investimentos em compra de passes de jogadores, o time teve um desempenho pífio este ano, terminando o Campeonato Nacional com quase 20 pontos abaixo do Grêmio, seu tradicional adversário. Agora o Internacional terá mesmo uma eleição digna da Nação Colorada. E isso é uma lição que aplicará no seu rival Grêmio, até hoje um clube profundamente elitista, que mantém a torcida bem afastada dos negócios do clube.