sábado, 15 de novembro de 2008

CPI indicia Álvaro Lins, Jerominho e mais 224 por ligação com milícias no Rio de Janeiro

A CPI das Milícias da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro indiciou 226 pessoas por participação em grupos paramilitares no Estado. A comissão encerrou suas atividades na sexta-feira. Entre os indiciados estão um deputado estadual, cinco vereadores e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, deputado estadual cassado Álvaro Lins, além de 67 policiais militares, oito policiais civis, três bombeiros, dois agentes penitenciários e dois cabos das Forças Armadas. A CPI, que durou cinco meses, pediu o indiciamento do deputado estadual Natalino Guimarães (sem partido) e seu irmão, o vereador Jerominho (PMDB), acusados de chefiar a Liga da Justiça, principal milícia do Rio de Janeiro. A filha de Jerominho, a vereadora eleita Carminha Jerominho (PTdoB), também foi indiciada, assim como o vereador eleito Cristiano Girão Matias (PMN). Os outros políticos indiciados são os vereadores Nadinho de Rio das Pedras (DEM), André Ferreira da Silva, o Deco (PR), Geiso do Castelo (PDT), de São Gonçalo, e Chiquinho Grandão (PTB), de Duque de Caxias. Embora não indiciado, o deputado federal Marcelo Itagiba (PMDB) foi mencionado no relatório final da comissão. O documento aponta Itagiba como "candidato dos milicianos". No texto do relatório, os deputados da comissão acusam o prefeito Cesar Maia (DEM) de ter "atitude permissiva com os milicianos" e afirmam que o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, não combate "como deveria" os grupos milicianos no Estado. O relatório identifica 171 áreas que, segundo os deputados, são dominadas pela milícia no Estado. São 118 na capital, 34 na Baixada Fluminense, cinco em Itaguaí (região metropolitana), cinco na Região dos Lagos, três no sul fluminense, duas no norte, duas em São Gonçalo e outras duas em Niterói (região metropolitana).