quinta-feira, 2 de outubro de 2008

PMDB gaúcho se rende ao PT

A direção estadual do PMDB no Rio Grande do Sul distribuiu nota nesta quarta-feira na qual informa sobre o Estado de suas relações com outros partidos nas eleições municipais deste ano. A coisa que mais ressalta dessa nota é a constatação óbvia de que o PMDB gaúcho, finalmente, rendeu-se ao PT, e que isso terá uma conseqüência direta dentro de dois anos, na sucessão estadual. Consolidados todos os dados do diretório estadual, o PMDB/RS informa, por esta nota, que, obedecendo sua orientação da Resolução nº 01/08 de 14 de abril de 2008, foram celebradas coligações, assim divididas entre os vários partidos coligados: I) Nas eleições para prefeito municipal o PMDB participa com candidato próprio em 281 municípios; nestes, os candidatos a vice-prefeito são dos seguintes partidos: PMDB - 102 municípios; PT - 42 municípios; PDT - 40 municípios; PP - 37 municípios; PSDB - 23 municípios; PTB - 19 municípios; PSB - 8 municípios; DEM - 6 municípios; PPS - 4 municípios; II) nas eleições para o cargo de vice-prefeito o PMDB participa em 214 municípios, sendo o candidato a prefeito dos seguintes partidos: PMDB (chapa pura) - 102 municípios; PP - 32 municípios; PDT - 30 municípios; PT - 20 municípios; PTB - 9 municípios; PSDB - 8 municípios; PSB - 6 municípios; DEM - 5 municípios; PCdoB - 1 municípios; PPS - 1 município; III) os partidos com as maiores coligações com o PMDB, nas eleições 2008, são: a - em primeiro lugar está a coligação com o PDT, em 70 municípios; b - em segundo lugar está a coligação com o PP, em 69 municípios; c - em terceiro lugar está a coligação com o PT, em 62 municípios; d - em quarto lugar está a coligação com o PSDB, em 31 municípios; e - em quinto lugar está a coligação com o PTB, em 28 municípios; f - em sexto lugar está a coligação com o PSB, em 14 municípios; g - em sétimo lugar está a coligação com o DEM, em 11 municípios; h - em oitavo lugar está a coligação com o PPS, em 5 municípios; i - em nono e último lugar está a coligação com o PCdoB, em apenas um município. Conclusão: no Interior do Rio Grande do Sul, a tradição peemedebista impedia que houvesse a quebra da hegemonia do partido construída durante décadas. Agora essa tradição foi abandonada pelas lideranças partidárias, e as direções locais passaram a se comportar pelo novo catecismo peemedebista. Ou seja, o PMDB reedita a história do PDT que, cooptado pelo PT, passou quase a deixar de existir no Rio Grande do Sul, apesar da histórica tradição do trabalhismo. Anotem: o próximo passo do PMDB será desembarcar do governo de Yeda Crusius (PSDB) para começar o processo de aproximação e de montagem da nova coligação PMDB-PT que pretenderá assegurar a manutenção do poder por mais quatro anos no Rio Grande do Sul. O consórcio no poder, finalmente, adquirirá nova conformação, e se perpetuará.