quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Irã dos aiatolás executou 33 mil opositores em um ano

Um alto funcionário iraniano afirmou que o regime dos aiatolás executou 33.700 opositores políticos e intelectuais em uma campanha de repressão em 1988, informaram ativistas iranianos pró-direitos humanos nesta quarta-feira. Um comunicado dos ativistas informa que, recentemente, surgiu um vídeo no qual um ex-alto funcionário do Ministério de Inteligência iraniano, identificado como Reza Malek, reconheceu que o órgão executou 33.700 pessoas no chamado "massacre de 1988". Todas as vítimas eram prisioneiros políticos em prisões secretas e foram assassinados e enterrados em valas comuns que, segundo o depoimento de Malek, poderiam chegar a 190, situadas em diferentes lugares do Irã. Atualmente, há mais de cem prisões secretas e centros de tortura subordinados ao Ministério de Inteligência na capital iraniana, denunciaram os ativistas. As ongs internacionais qualificam as execuções de 1988 como um massacre, já que o governo iraniano assassinou milhares de prisioneiros políticos detidos nas prisões do país deliberada e sistematicamente, através de execuções extrajudiciais, segundo a organização Human Rights Watch.