domingo, 26 de outubro de 2008

FMI socorre Islândia com US$ 2,1 bilhões

A Islândia conseguiu na sexta-feira um empréstimo de 2,1 bilhões de dólares do Fundo Monetário Internacional para tentar superar a crise que arruinou seu sistema bancário. "Uma missão do FMI e as autoridades islandesas chegaram a um acordo 'ad referendum' sobre um programa econômico apoiado por um empréstimo de cerca de 2,1 bilhões de dólares", declarou o diretor-geral da instituição, Dominique Strauss-Kahn, em um comunicado. A Islândia terá, imediatamente, 833 milhões de dólares. No dia 6 de outubro, o FMI anunciou ter enviado uma missão ao país, no momento em que sua economia, muito dependente do setor bancário, já estava à beira do colapso e que sua moeda desmoronou (152 coroas por 1 euro). Em Reykjavik, na sexta-feira, o chefe da missão do FMI, Paul Thomsen, declarou que a Islândia conseguiria 4 bilhões de dólares suplementares, oriundos de outros países. "Para o período de dois anos, o pacote de ajuda é de cerca de 6 bilhões de dólares, dos quais 4 bilhões de dólares provenientes de outros países", disse ele, sem anunciar os nomes dos Estados envolvidos. O país dos gêiseres baseou parte de seu crescimento no de um setor financeiro muito ativo no Exterior. No momento em que o setor financeiro se viu privado, em algumas semanas, dos capitais estrangeiros, devido à crise financeira mundial, o governo escolheu o método mais ortodoxo. Dotando-se, no dia 6 de outubro, de um arsenal legislativo sem precedentes na Europa e que dava ao Estado a possibilidade de dirigir o setor bancário, o governo assumiu, então, o controle de três grandes bancos nacionais: Glitnir, Landsbanki e, enfim, Kaupthing. A estatização dessas instituições surpreendeu o mercado e foi o golpe de misericórdia na confiança na economia da ilha.