terça-feira, 7 de outubro de 2008

Estudo indica queda na fecundidade e envelhecimento da população brasileira

A queda acelerada das taxas de fecundidade e da mortalidade registradas no Brasil provoca mudanças rápidas no ritmo de crescimento da população. A mais importante, de acordo com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), é o envelhecimento dos brasileiros. Os dados fazem parte de um estudo divulgado nesta terça-feira pelo instituto, elaborado com base na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2007. De acordo com a pesquisa "Pnad 2007: Primeiras Análises", a taxa de fecundidade total no ano passado foi de 1,83 filho por mulher. A média foi inferior à chamada taxa de reposição (de 2,1), que significa o mínimo de filhos que cada brasileira deveria gerar para que, no período de 30 anos, a população total do País seja mantida. A queda teve início na segunda metade dos anos 60 e poderá, a partir de 2030, refletir em uma população "super envelhecida" no Brasil, reproduzindo experiências de países da Europa Ocidental, além de Rússia e Japão. A projeção é que a população brasileira irá atingir o seu máximo em 2030, com um contingente de aproximadamente 204,3 milhões de habitantes. Para 2035, a expectativa cai para 200,1 milhões. Como conseqüência direta, a população com idade inferior a 15 anos, que representou 33,8% da população total em 1992, passou a responder por 25,2% em 2007. Já a população idosa que, em 1992 representava 7,9% da população, passou a responder por 10,6% no ano passado.