quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Chefe de Segurança do Supremo reitera que varredura sinalizou existência de escutas

O chefe da Seção de Operações Especiais da Segurança do Supremo Tribunal Federal, Aílton Carvalho de Queiroz, disse nesta terça-feira que a varredura realizada por sua equipe na sala da assessoria especial utilizada pelo presidente da Corte, Gilmar Mendes, indicou o "nível máximo", sinalizando a existência de escutas ambientais no local. O segurança elaborou um minucioso relatório sobre a constatação e encaminhou o documento ao Congresso. O equipamento, segundo Queiroz, é capaz de captar sons ambientais. Segundo o segurança, este equipamento é do tipo conhecido como "maleta" e pertence ao Supremo. Segundo o relatório, a sala onde existia escuta é utilizada por Gilmar Mendes para suas reuniões. Pelo documento, o grau de alerta máximo seria o "cinco (5)", ou seja, que havia a possibilidade "altamente provável" de existência de escutas. Ele também disse que a presidência da Corte pode ter vazado o documento sigiloso, no qual se apontou a suspeita da existência de escutas ambientais no local. Segundo Queiroz, o documento sigiloso informando sobre a realização da varredura, em julho de 2008, foi feito em duas vias, tendo uma ficado com a segurança e outra encaminhado à presidência do Supremo.