terça-feira, 7 de outubro de 2008

Após cair 15%, Bovespa fecha na menor pontuação desde 2007

Esta segunda-feira entrou para a história da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), embora o fechamento dos negócios tenha mostrado um cenário menos catastrófico do que se viu nas primeiras horas de pregão. O Ibovespa encerrou em baixa de 5,43% aos 42.100,79 pontos. A queda é inferior ao declínio registrado no fechamento do último dia 2, por exemplo, quando caiu 7,34%; mas a pontuação é a menor desde 5 de março de 2007 (41.179,6 pontos). O volume financeiro desta segunda totalizou R$ 5,261 bilhões. Mais cedo, contudo, o mercado brasileiro viveu um dia pânico, contaminado pela forte queda dos principais índices acionário ao redor do mundo. A Bovespa acionou duas vezes o mecanismo de “circuit breaker”, o primeiro quando a queda bateu em 10%, aos 18 minutos de pregão. Então os negócios foram interrompidos por meia hora. E o segundo ocorreu às 11h43, quando o índice derreteu até 15% e parou por uma hora, na terceira vez em que isso acontece em sua história. Excepcionalmente para esta segunda-feira foi criado um novo limite de “circuit breaker”, que seria acionado caso ocorresse uma queda de 20%. Na mínima, o Ibovespa chegou a registrar queda de 15,50%, aos 37.617 pontos. Na máxima, alcançou 44.502 pontos, com leve baixa de 0,03%. "A situação é de pura falta de confiança", resumiu o gerente de renda variável de uma corretora no Rio de Janeiro. "A leitura é de que a crise norte-americana contaminou de vez a Europa. E, aqui, apesar de o nosso presidente dizer que estamos imunes, fazemos parte do planeta Terra. Assim, resta saber se vai ficar na marola ou se estamos às portas de um tsunami”, comentou este operador.