segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Yeda Crusius entrega primeiro orçamento sem déficit do Rio Grande do Sul

A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), saboreou nesta segunda-feira o maior resultado da sua arroxeada política de contenção de gastos, aplicada neste primeiro ano e meio de sua administração. Após 20 meses de governo, durante os quais amargou impopularidade por causa de sua política de eliminação do déficit público tradicional, ela entregou à Assembléia Legislativa o projeto de Lei do Orçamento de 2009 do Estado do Rio Grande do Sul, enxuto, sem nenhuma das ficções do passado recente, que inventavam receitas inexistentes e aumentavam despesas com base nessa ficção. Conforme a governadora Yeda Crusius, cerca de 70% dos investimentos previstos pelo governo estadual para 2009 serão aplicados em infra-estrutura, segurança, habitação, educação e saúde. Pela primeira vez em 40 anos, o orçamento de 2009 tem uma novidade: prevê déficit zero. Isso significa que receitas e despesas estarão equilibradas. “Vamos poder voltar a investir com autonomia e sonhar alto”, disse a governadora Yeda Crusius. O líder do governo na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado estadual Pedro Westphalen, estava exultante: “Esta é uma data que entra para a história do Rio Grande do Sul”.Ele acrescentou: “Todas as metas traçadas estão sendo rigorosamente cumpridas. Além de zerar o déficit, o governo está capacitando o Estado para voltar a investir. Isso, sem dúvida, prova a seriedade, o empenho e a competência da administração estadual na gestão das contas públicas, como há muito não se via. Estamos diante de um feito histórico”. Westphalen destacou, em especial, a atenção reservada no Orçamento à área social, e a estimativa da Secretaria da Fazenda de que o Estado poderá, ao final de 2009, não depender mais de financiamento do Banrisul para o pagamento do 13º salário do funcionalismo público: “Todos os gaúchos entenderam que as medidas tomadas pelo governo durante a crise financeira, apesar de amargas, eram necessárias. Agora estamos começamos a colher os frutos”.