quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Vereadora discute com Soninha Francine no banheiro da Câmara Municipal de São Paulo

Os vereadores de São Paulo reagiram com indignação às críticas feitas pela colega e candidata à prefeitura de São Paulo, Soninha Francine (PPS), de que a aprovação de projetos na Câmara Municipal é feita com base em troca de favores. Durante a sessão plenária desta terça-feira houve acusações, ironias e bate-boca. Logo que chegou à sessão, Soninha enfrentou a vereadora Claudete Alves (PT). Indignada, a petista cobrava esclarecimentos "cara a cara". Soninha foi para o banheiro, seguida por Claudete. "Se eu recebi dinheiro, você vai ter que provar", dizia Claudete. O bate-boca dentro do banheiro feminino era ouvido no plenário e levou a sessão fosse interrompida. Gilson Barreto (PSDB) acusou a candidata de usar as afirmações contra a Casa para tentar subir nas pesquisas. Ora..... ora..... a indignação dos vereadores paulistanos é meramente melodramática. Todo mundo – ou quase todo mundo, excluída a torcida do Flamengo – sabe que câmaras municipais são como tendas de mercado. São pontos de comércio. A Câmara Municipal de Porto Alegre, por exemplo, tinha a fama de “Quinzinho”. Depois do episódio do ex-vereador Vilton Araújo (PPS), pego em gravação de telefonemas em operação da Polícia Federal, mercadejando voto, ela passou a ser conhecida como “Vinte e seizinho”. Ou seja, quase dobrou o valor.