quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Quatro deputados federais gaúchos obrigados a demitir familiares em Brasília

Quatro deputados federais gaúchos foram obrigados a demitir familiares este mês depois que o Supremo Tribunal Federal proibiu o nepotismo em todos os Poderes. O caso mais grave é o do deputado federal Sérgio Moraes (PTB), presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados. Sérgio Moraes não considerou que fosse “indecoroso” e “anti-ético” manter uma irmã (Marilene de Lourdes Moraes) como seu funcionária paga com recursos dos contribuintes. Ele alegou, como se isso fosse justificativa para ela ter salário pago pelos brasileiros, que sua irmã trabalhava para ele há 25 anos. Significa apenas que faz 25 anos que Sérgio Moraes obtém vantagens como parlamentar colocando o custo disso sobre o contribuinte. Não bastasse isso, o deputado Sérgio Moraes também empregava seu sobrinho, Leonardo Moraes Schimidt, filho de Marilene de Lourdes Moraes. Ou seja, ele deve mesmo acreditar que família que trabalha unida permanece unida. Outro que também tem uma certa implicância com a ética é o deputado federal trabalhista Pompeu de Mattos. Ele, que já foi campeão em empregar anões, há quatro anos mantinha seu sobrinho Lucas Eduardo Pompeo de Mattos com um salário de R$ 3.540,00. Há um mês, o deputado federal Pompeu de Mattos havia negado que mantivesse parentes empregados como assessores. E não viu nisso nada de indecoroso. Decoro, para político, tem sempre outro sentido. Pompeu de Mattos disse que foi “um drama” na família, porque o “guri preciso até abandonar a faculdade”. Assim ficamos sabendo que todos nós, contribuintes gaúchos e brasileiros, estávamos pagando a faculdade do “guri” de Pompeu de Mattos.