quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Petrobras negocia venda de excedente de gás a distribuidoras

A Petrobras estuda a venda de volume excedente de gás natural às distribuidoras, além do que já é contratado. Isso aconteceria em períodos mais chuvosos, nos quais as usinas termelétricas ficam desligadas, diante de grandes volumes de água em seus reservatórios. A diretora de Gás e Energia da estatal, Maria das Graças Foster, explicou nesta quarta-feira que a integração da rede por meio da construção de novos gasodutos permitirá que o gás que é perdido em pontos isolados seja mais aproveitado. Atualmente, a diretora calcula um total de 1 milhão de metros cúbicos/dia que fica preso na rede. "A gente vem discutindo esse mercado spot (à vista) de gás. Se estiver chovendo, com GNL disponível, posso começar a identificar que por algum período terei um volume de gás que quero vender no mercado spot. Imagina ficar com volume parado e chovendo barbaridade. Vou fazer atendimento spot para as distribuidoras", afirmou ela. A Petrobras iniciou entendimentos com a Comgás, distribuidora paulista, para fazer esse tipo de atendimento. A executiva disse que as distribuidoras tem que desenvolver esse mercado, que atenderia cliente bicombustíveis, com opção de duas fontes de energia para gerar a produção. "Se eu não oferecer ao mercado, ele não se desenvolve. Quando vai acontecer, vai depender da distribuidora", observou. Maria das Graças Foster disse ainda que encargos inerentes à compra de GNL (Gás Natural Liquefeito) no Exterior tornam o produto pouco competitivo nos leilões de energia elétrica.