sexta-feira, 5 de setembro de 2008

O depoimento da testemunha chave em Estância Velha (4)

Este caso é complicado ainda pelas atuações do juiz e do promotor de Estância Velha. O juiz é Nilton Luiz Elsenbruch Filomena, e o promotor é Paulo Eduardo de Almeida Vieira. Para começar, o juiz Nilton Luiz Elsenbruch Filomena tem sua mulher empregada como CC no gabinete do prefeito Elivir Desiam (o “Toco”). Os dois também são “irmãos” da mesma loja maçônica de Estância Velha. Por várias razões, o juiz Nilton Luiz Elsenbruch Filomena não atua nos casos que envolvam o prefeito e Jaime Schneider. Mas, isto não o impediu de receber o relatório absolutamente incompetente elaborado pelo delegado Luiz Fernando Nunes da Silva, de enviá-lo imediatamente para o promotor Paulo Eduardo de Almeida Vieira, o qual absolutamente não se sentiu impedido para apresentar denúncia apenas do pistoleiro Alexandro Ribeiro, o que ocorreu no dia 27 de abril de 2007. Durante as investigações, a policia havia pedido a quebra do sigilo telefônico apenas do “laranja” Jauri de Matos Oliveira. Até os paralelepípedos das ruas de Estância Velha sabiam do envolvimento de Jaime Schneider e Jauri de Matos Oliveira, mas isto não passou pela cabeça do promotor Paulo Eduardo de Almeida Vieira. O promotor e Jaime Schneider são como “irmãos”. Eles almoçam juntos quase todos os dias em Estância Velha. E, já que o promotor mora fora da Comarca, o que é uma irregularidade, depois do almoço, saciado, ele ia tirar a sesta na casa de Jaime Schneider. A intimidade é tanta que, obviamente, o promotor Paulo Eduardo de Almeida Vieira se declarou impedido de atuar em vários processos que envolviam seu “fraternal amigo”. A intimidade dos dois é tanta que o promotor fez o discurso de homenagem a Jaime Schneider, quando ele foi “agraciado” com o título de “Cidadão Estanciense”.