quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Número 2 da Abin diz que maletas não têm poder para fazer escutas, mas só varreduras

Em depoimento à CPI das Escutas Clandestinas da Câmara dos Deputados, o diretor-adjunto afastado da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), José Milton Campana, disse nesta terça-feira que as “maletas” compradas pela agência não têm poderes para realizar escutas telefônicas. Campana afirmou que a agência não comprou os equipamentos com a finalidade de executar grampos, mas sim varreduras em áreas de segurança, uma vez que só conseguiriam captar informações até 100 metros de distância. "Se necessitássemos de equipamentos para o ataque, não seriam esses. Existe hoje uma comissão na Abin avaliando todos esses equipamentos. Se fossem utilizados para isso, não teriam capacidade de mais de cem metros em campo desobstruído. Não seria um equipamento desse utilizado para um ataque", afirmou ele. José Milton Campana afirmou que a Abin não trabalha no "submundo", contra os interesses brasileiros. "A Abin não atua à revelia da legislação pertinente. A Abin não fez e não faz interceptações telefônicas. A Abin não é instituição que trabalha no submundo, contra o Brasil. Pelo contrário. Dedica-se a contribuir para a segurança da sociedade e do Estado brasileiro".