quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Líder do PSDB no Senado Federal compara Abin à polícia nazista de Hitler

O líder do PSDB no Senado Federal, senador Arthur Virgílio (AM), condenou nesta quinta-feira o episódio do grampo no Supremo Tribunal Federal, quando escutas revelaram conversas entre o presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Arthur Virgílio comparou a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), suspeita de ter sido a autora dos grampos, à SS, a polícia nazista de Adolf Hitler. "Isso significa uma ameaça ao próprio presidente da República. Não quero que a Abin se torne uma SS, não quero o Brasil com Hitler nem com SS", afirmou o senador, durante evento promovido pelo BNDES, no Rio de Janeiro. Segundo Arthur Virgílio, as escutas clandestinas não são atribuição da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que não deve ser "asquerosa". "A Abin veio substituir aquela coisa asquerosa que era o SNI. Não para ser pior, não veio para ser asquerosa também, ela veio para informar o presidente da República sobre ameaças de locaute de empresários, greves de trabalhadores, não veio para escutar o meu telefone, o telefone do secretário particular do presidente", disse ele. O senador afirmou que também estava na lista dos grampeados e criticou Paulo Lacerda, diretor-geral da agência afastado após a revelação dos grampos: "Eu estava na lista dos grampeados, eu tenho dito em casa que sou um marido testado e aprovado até pela Abin. Mas é duro saber que o doutor Paulo Lacerda me escuta", disse Virgílio.