sexta-feira, 5 de setembro de 2008

JUIZ E PROMOTOR SÃO AMIGOS “OFICIAIS” DO SUSPEITO DE MANDO DO ASSASSINATO

O promotor se deu por absolutamente satisfeito, não achou necessidade de pedir nenhuma nova investigação à polícia, ou mais algumas quebras de sigilos telefônicos e outros. Por exemplo: o delegado de polícia pediu a quebra do sigilo telefônico do presidiário Alexandre Ribeiro. E, em uma dessas conversas entre o presidiário Alexandre Ribeiro e seu fiado, o “laranja” de Jaime Schneider no jornal O Suplemento, consta que teriam surgido revelações muito suspeitas quanto ao papel de Jaime Schneider? Quem autorizou a(s) escuta(s) pedida(s) pelo delegado de polícia local, Luiz Fernando Nunes da Silva? Foi o juiz Nilton Luis Elsenbruch Filomena? O delegado pediu a quebra do sigilo telefônico de Jaime Schneider? Se pediu, foi concedido ou negado? Por que estas questões são importantes? Ora, pela razão bastante singela de que tanto o juiz Nilton Luis Elsenbruch Filomena quanto o promotor Paulo Eduardo de Almeida Vieira declaram publicamente que são amigos de Jaime Schneider. Não são amigos quaisquer de Jaime Schneider. São amigos especiais, a tal ponto que, no dia 19 de agosto de 2005, o juiz de direito titular da comarca de Estância Velha, Nilton Luis Elsenbruch Filomena, assinou um documento, protocolou e o autuou em processo movido contra o jornalista Mauri Martinelli, dizendo que se dava por suspeito e que não poderia atuar no mesmo por causa de sua amizade com Jaime Schneider, a outra parte no processo. A declaração do juiz Nilton Luis Elsenbruch Filomena dizia: “A partir do mês de julho do corrente ano estreitei laços de fraternidade com o Sr. Jaime Dirceu Antonio Schneider, razão pela qual, e por motivos de foro íntimo, deixo de autuar neste ou em qualquer outro processo em que participe. Remeter os autos à Juíza de Dois Irmãos, subsituta de tabela. Intime-se. Estância Velha, 19 de agosto de 2005”. Também no dia mesmo dia 19 de agosto de 2005 o juiz de Direito da Comarca de Estância Velha assinou e colocou no mesmo processo uma declaração de amizade em relação ao prefeito da cidade, Elivir Desiam (vulgo “Toco”), um empresário falido do ramo de calçados, petista, que completa segundo mandato na prefeitura, enquanto paga por condenação judicial as contribuições previdenciárias que sonegou dos operários que deixou desempregados. Diz a declaração do juiz de Direito Nilton Luis Elsenbruch Filomena: “A partir do mês de julho do corrente ano estreitei laços de fraternidade com o Sr. Elivir Desiam, razão pela qual, e por motivos de foro íntimo, deixo de atuar neste ou em qualquer outro processo em que participe. Tal não envolve os feitos do Município, considerando que a amizade é com o cidadão, a pessoa, e não com o cargo. Remeter os autos à Juíza de Dois Irmãos, substituta de tabela. Intimem-se. Estância Velha, 19 de agosto de 2005”. Todos esses processos eram por motivo meramente político. Tanto o prefeito Elivir Desiam (vulgo “Toco”) quanto Jaime Schneider, seu secretário de Planejamento, procuravam intimidar o jornalista Mauri Martinelli para que ele parasse com suas denúncias contra a corrupção da prefeitura petista de Estância Velha, veiculadas em sua coluna semanal no jornal O Minuano.