quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Equador ameaça não pagar BNDES pelo financiamento de hidrelétrica

O presidente do Equador, Rafael Correa, ameaçou nesta quarta-feira não pagar o empréstimo de mais de US$ 200 milhões concedido pelo BNDES para o financiamento das obras da central hidrelétrica equatoriana de San Francisco. A obra, que apresentou falhas na execução, é o centro de uma crise entre o governo equatoriano e a construtora brasileira Odebrecht. "Nós estamos pensando seriamente em não pagar o crédito do BNDES que foi concedido por meio da Odebrecht para construção da hidrelétrica", declarou o protofascista Rafael Correa durante uma entrevista a uma TV local. "Ainda mais um empréstimo de centenas de milhões de dólares, de mais de US$ 200 milhões, para um projeto que não presta", acrescentou o tiranete equatoriano, que abriga narcotraficantes das Farc em seu território. Rafael Correa questionou o fato de o empréstimo ter sido direcionado diretamente à construtora, mas que "legalmente" consta como dívida interna do Equador com o Brasil. “É um dinheiro que nem entra no país”, disse ele. Como se a hidrelétrica não tivesse sido construída. E se foi mal construída, a culpa é toda do Estado equatoriano, que deveria ter fiscalizado a obra, mas ficou quieto, comendo bola. Na terça-feira, Rafael Correa ordenou o confisco dos bens da Odebrecht e a expulsão da construtora do país depois de um desentendimento em um acordo no qual o Estado exigia o pagamento de uma indenização de US$ 43 milhões em conseqüência das falhas apresentadas na obra. Conforme o tiranete Rafael Correa, a San Francisco deixou de funcionar um ano depois de serem concluídas as obras e está paralisada desde o dia 6 de junho, quando técnicos apontaram falhas estruturais na construção.