domingo, 28 de setembro de 2008

Eliseu Padilha vai se defender dizendo que foi vítima de espionagem ilegal

A estratégia do deputado federal Eliseu Padilha (PMDB), secretário geral do partido no Rio Grande do Sul, em relação ao inquérito da Operação Solidária que tramita no Supremo Tribunal Federal, no qual seu nome é citado, será baseada no argumento de que foi alvo de espionagem ilegal. Eliseu Padilha afirma que, apesar de protegido pelo foro privilegiado (como deputado federal, só pode ser investigado com autorização do Supremo), teve um telefone celular monitorado, e amigos seus foram grampeados. O excesso de interceptações telefônicas (o número de pessoas grampeadas pode chegar a 40) também será apresentado para reforçar o leque de ilegalidades que teriam sido cometidas pela Polícia Federal, responsável pela investigação. A defesa de Padilha deverá ser concluída nesta. A Operação Solidária apura desvios de recursos em obras de infra-estrutura na Região Metropolitana de Porto Alegre. O inquérito que investiga Eliseu Padilha e o também deputado federal José Otávio Germano (PP) está há uma semana sobre a mesa do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza.