quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Dívida pública volta a crescer em agosto e chega a R$ 1,319 trilhão

Depois da queda registrada em julho, a dívida pública federal voltou a crescer em agosto. O aumento de 1,66% no mês elevou a dívida para R$ 1,319 trilhão, segundo dados do Tesouro Nacional divulgados nesta quarta-feira. A dívida pública havia recuado em julho, depois das altas registradas nos dois meses anteriores. O aumento se deveu à emissão líquida de R$ 5,5 bilhões feita pelo Tesouro (diferença entre títulos emitidos e resgatados). Os juros geraram um impacto de mais R$ 16,1 bilhões. Apesar do aumento, a dívida apresenta queda no acumulado do ano. Em dezembro, estava em R$ 1,333 trilhão. A dívida pública interna, que representa 92,7% da dívida total, subiu 1,56%, para R$ 1,223 trilhão. Já a dívida federal externa cresceu 3%, para R$ 96,3 bilhões (US$ 58,9 bilhões). O custo médio da dívida total aumentou de 12,48% ao ano em julho para 15,02% ao ano em agosto, devido à alta do dólar. O volume de títulos em poder público com vencimento em até 12 meses caiu de 23,84% para 23,44%. O prazo médio da dívida caiu de 43,41 meses para 42,66 meses. No acumulado dos últimos 12 meses, o custo médio apenas da dívida interna caiu de 13,11% ao ano para 12,87% ao ano, devido à queda nos índices de preços na comparação entre agosto de 2007 e 2008. A parcela de títulos prefixados na dívida interna aumentou de 30,88% em julho para 31,45% em agosto, devido à emissão de R$ 8,8 bilhões desses papéis, entre outros fatores. A participação dos indexados à taxa Selic passou de 36,82% para 36,89%. A parcela dos títulos remunerados por índices de preços, por sua vez, caiu de 29,47% para 29,12%. O Tesouro também divulgou os resultados da recompra de dívida externa em julho e agosto, que somou R$ 300,9 milhões (valor de face dos papéis), com desembolso de R$ 394,2 milhões.