segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Diretor da Polícia Federal defende escutas e diz que há criminosos que se acham acima da lei

Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Polícia Federal, negou na sexta-feira a existência de abuso no uso de escutas feitas com autorização judicial pela corporação. Segundo ele, as escutas atingem só 3,5% de um universo de cerca de 160 mil inquéritos. O problema, diz Corrêa, é que parte das escutas atinge criminosos que se sentem acima da lei. "Em um universo de 160 mil inquéritos, 3,5% têm escutas. O problema é que esses 3,5% tratam de criminosos que se entendem acima da lei e historicamente foram tratados como pessoas acima de qualquer suspeita. À medida em que a polícia passa a operar neste universo, o uso de grampos é considerado abusivo", disse ele. Esse é um tipo de raciocínio absolutamente obtuso. E explica os desmandos das escutas clandestinas em que caiu o País durante a Era Lula.