quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Direção do Daer abre sindicância para fazer devassa no órgão

O recente episódio do DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes), de onde foi explodido o superintendente no Rio Grande do Sul, Marcos Ledermann, homem de confiança do deputado federal Beto Albuquerque, do PSB) , foi a gota d’água que faltava para mover os homens responsáveis pelo setor de estradas no governo gaúcho. Nesta quarta-feira, o secretário estadual de Infra-estrutura, Daniel Andrade, e o diretor geral do DAER (Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem), engenheiro Vicente Paulo Mattos de Britto, decidiram fazer uma varredura geral nos contratos da autarquia, para corrigir irregularidades e identificar responsáveis. O governo Yeda Crusius já há um bom tempo tinha pedido ao Mistério Público e ao Tribunal de Contas o que é permitido ou não no DAER. A atual direção herdou contratos muito suspeitos. Um deles, gera receita ao Estado de apenas 800 mil reais por mês, nas multas arrecadadas (pardais e lombadas eletrônicas), mas este contrato custa ao Estado mais de 1 milhão e 800 mil reais por mês. Recentemente, o secretário Daniel Andrade demitiu dois diretores do DAER, o engenheiro José Luiz Rocha Paiva (ligado ao deputado federal José Otávio Germano) e Eudes Missio (ligado ao PMDB). Há suspeitas de que empresas fornecedoras de serviços ao DAER estejam envolvidas em um “mensalão” beneficiando importantes figuras do mundo político gaúcho. A sindicância no DAER começa a ser realizada nesta quinta-feira.