sexta-feira, 1 de agosto de 2008

PT entra para o governo de Yeda Crusius

A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), que tem tido o seu governo constantemente fustigado e esquartejado pelo PT (expôs e conseguiu degolar o ex-secretário Delson Martini, grande amigo particular da governadora), anunciou nesta sexta-feira que está nomeando para a Secretaria do Planejamento a figura do petista notório Mateus Afonso Bandeira, atual diretor do Departamento da Despesa da Secretaria da Fazenda. Assim, o PT entra para o governo de Yeda Crusius de maneira formal. Mateus Bandeira não é um petista qualquer. É um petista ao qual são atribuídas grandes funções. Antes de ser escolhido Aod Cunha de Moraes Junior (que tem uma proximidade e admiração pelo petismo e pelos petistas desde sua vida acadêmica na Faculdade de Economia da UFRGS), Mateus Bandeira, um auditor de carreira da Secretaria da Fazenda, assessorou o senador petista Aloisio Mercadante, em 2006, e foi um dos coordenadores-gerais da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, de julho de 2004 a maio de 2006, trabalhando com o super-petista Antonio Palocci. Os gaúchos devem se lembrar: Antonio Palocci era o ministro da Fazenda de Lula, que determinou que o presidente da Caixa Econômica Federal, o neo-trotskista gaúcho Jorge Matoso, estuprasse a conta bancária do caseiro Francenildo dos Santos Costa. O caseiro tinha desmoralizado Palocci, ao depor na CPI dos Bingos, no dia 16 de março de 2006, e comprovar que Palocci havia mentido aos senadores, porque era freqüentador na Mansão da Turma de Ribeirão Preto, no Lago Sul, em Brasília. Nesta mansão os amigos de Palocci faziam suas reuniões de lobismo e festinhas de embalo com prostitutas fornecidas pela cafetina Mary Jeanny Corner. Descoberta estra trama, o trotskista gaúcho Jorge Matoso foi demitido da presidência da Caixa Econômica Federal, e Antonio Palocci acabou demitido do Ministério da Fazenda. É com esta gente que Mateus Bandeira trabalhava. indicado por um grupo de empresários. No ministério então comandado por Antonio Palocci, o petista Mateus Bandeira cuidava da agenda de reformas microeconômicas. Mas, não é tudo. Quando foi trabalhar com Aloizio Mercadante Oliva, Mateus Bandeira passou a conviver com “aloprados” abrigados pelo senador petista de São Paulo na sua assessoria. Um exemplo desses era o chefe de gabinete do senador petista. Trata-se de Hamilton Lacerda, um dos chefes da campanha de Mercadante ao governo de São Paulo, e que foi até o Hotel Ibis (localizado ao lado do aeroporto de Congonhas, em São Paulo), onde foi flagrado pelas câmeras de segurança levando uma mala de dinheiro para os “aloprados” Gedimar Pereira Passos e Valdebran Padilha (os dois deveriam pagar por um dossiê fajuto, elabora pelo empresário sanguessuga Luiz Antonio Vedoin, para ser usado contra os candidatos do PSDB, José Serra e Geraldo Alckmin). Essa era a gente no entorno de Mateus Bandeira. O seu chefe Aloizio Mercadante é filho de um general golpista, Oswaldo Muniz Oliva, que chegou a chefia a Escola Superior de Guerra durante a ditadura militar. O petista Mateus Bandeira também ostenta em seu currículo terá assessora a ministra chefe da Casa Civil, a neo-petista Dilma Rousseff, de 1999 a 2002, quando ela comandava a Secretaria de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, no governo petista de Olívio Dutra (o exterminador de empregos). Os que votaram em Yeda Crusius ficam muito atônitos. Há 31 anos, nos fins de 1977, o genial cineasta sueco Ingmar Bergman, falecido no último dia 30 de julho, apresentou seu filme “O Ovo da Serpente”. A ação se passa em Berlim, em novembro de 1923, que vivia a euforia do fim da guerra. Nesse ambiente de liberdade, um médico com as suas experiências pseudo-científicas destrói seres humanos. Faltava ainda muito para surgir o nazismo, mas já se entreviam os traços do monstro em gestação. Como através da membrana transparente do ovo da cobra. Na Berlim de 1923, como hoje no Brasil, proclamam-se os direitos humanos, defende-se a liberdade e a democracia, mas ao mesmo tempo de tolera a gestação de um monstro totalitário. Os que se opõem, no Rio Grande do Sul, ao projeto totalitário do PT, estão hoje sentindo-se imensamente frustrados e desmoralizados.

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