sábado, 9 de agosto de 2008

Organização Mundial da Saúde diz que governo Lula tem até 2010 para erradicar a rubéola

A campanha de vacinação contra a rubéola que o Ministério da Saúde inicia neste sábado será uma tentativa de cumprir uma meta estabelecida pelo governo Lula em 2006, com a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), braço da Organização Mundial da Saúde. Pelo acordo, o governo Lula tem que erradicar a circulação da doença até 2010. "A campanha é fundamental. O Brasil assinou um pacto com a Opas de erradicar a rubéola até 2010, então será um grande esforço", disse nesta sexta-feira o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. A campanha será a maior ação de vacinação contra rubéola já realizada em todo o mundo em termos de número de pessoas vacinadas, segundo o assessor-regional de imunização da Opas, Carlos Castillo-Solorzano. Apesar de ter implantando a vacinação contra a rubéola no país em 1992, o governo federal nunca conseguiu erradicar a circulação do vírus da rubéola, segundo o Ministério da Saúde. Solorzano disse, contudo, estar confiante de que essa campanha conseguirá colocar o Brasil na meta estabelecida em 2006. "Esse é um vírus que circula em toda a América, e o Brasil tem um número maior de pessoas que os outros países. Mas acreditamos que o Ministério da Saúde terá êxito com a campanha", disse Solorzano. Um dos maiores obstáculos para erradicar a doença no Brasil é a dificuldade de diagnosticá-la, já que os sintomas são muito parecidos com os da dengue e do sarampo. Um estudo piloto da UFF (Universidade Federal Fluminense) constatou que em 60% dos casos em que a rubéola foi detectada por exames de laboratório, os médicos haviam dado um diagnóstico clínico errado ao paciente, segundo a virologista Marilda Siqueira, chefe do laboratório de vírus respiratórios e sarampo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). A campanha de vacinação contra rubéola começa neste sábado em todo o País e vai até o dia 12 de setembro. O Ministério da Saúde estima que 70 milhões de pessoas com idades entre 20 e 39 anos sejam imunizadas no período. O foco desta campanha são os homens desta faixa etária, que, segundo o ministério, representam 70% dos 8.684 casos de rubéola confirmados no país em 2007.

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