sábado, 9 de agosto de 2008

Obama sai de férias enquanto McCain cresce nas pesquisas

Obama sai de férias enquanto McCain cresce nas pesquisas
O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, saiu de férias nesta sexta-feira, rumo ao Havaí, em meio a uma crescente inquietação sobre sua campanha que vê o seu adversário, o republicano John McCain, subir nas pesquisas. A proximidade dos dois presidenciáveis atrapalha os sonhos dos estrategistas do Partido Democrata, sendo que alguns deles já reconhecem que esperavam uma margem maior a esta altura. Segundo o site Real Clear Politics, que elabora uma média das diferentes pesquisas, o senador democrata tem uma vantagem de apenas 3,6% frente a McCain. Michael Gerson, analista do Council on Foreign Relations, um centro de estudos com sede em Washington, acredita que o fato de que McCain esteja na cola de Obama, apesar do entusiasmo gerado pela campanha democrata, obedece diferentes fatores. Gerson cita, em artigo publicado nesta sexta-feira no jornal The Washington Post, que a recuperação de McCain, que em julho tinha uma desvantagem de aproximadamente nove pontos percentuais na frente de Obama, coincide com o maior destaque de Steve Schmidt em sua campanha. Schmidt é um mestre do ataque político como ficou claro em 2004, quando orquestrou uma implacável campanha contra o então candidato democrata John Kerry, que foi apresentado por ele como uma pessoa que muda constantemente de opinião. Sua fórmula consiste em elaborar uma clara mensagem política e repeti-la com precisão. A mensagem da atual campanha diz que Obama representa uma aposta arriscada enquanto McCain está acima das divisões partidárias e põe os interesses do país acima dos seus. Ao desgaste causado pelas campanhas de Schmidt se somaria a guinada de Obama em direção ao centro, uma estratégia com lógica política em um país de centro-direita, mas que, segundo Gerson, deixou muitos eleitores se perguntando quem Obama realmente é. A campanha de McCain soube explorar essas dúvidas com uma série de anúncios negativos nos quais Obama é mostrado como uma celebridade e um político com ares messiânicos.

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