sábado, 9 de agosto de 2008

Bingo do PCC sorteia R$ 130 mil em prêmios em presídios de São Paulo

Três carros e duas motos novas. Cerca de R$ 130 mil em prêmios foram distribuídos no bingo da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que atua nos presídios do Estado de São Paulo. Papéis apreendidos por agentes penitenciários mostra que o bingo aconteceu no sábado passado. Os números foram vendidos em presídios em todo Estado por R$ 15,00 cada. Somente em uma ala de uma penitenciária, com a venda dos números, foram arrecadados R$ 855,00. A contabilidade do PCC mostra que a facção movimentou, somente em março deste ano, R$ 1,2 milhão. Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça mostram uma conversa onde um integrante do PCC oferece ajuda para um traficante mudar o ponto de venda de drogas. Os membros da facção são vigiados o tempo todo. Um erro na "conduta" pode provocar a suspensão, a expulsão ou a morte. As punições aparecem no salve (ordem, na linguagem dos presos) do batismo, apreendido nas prisões. O PCC é chamado de família e os integrantes novos precisam de um padrinho. Na linguagem dos presos, que aparece no salve, quem estupra ou cagüeta (delata) a facção recebe a pena mais alta, o cheque, ou seja, a morte. O homossexualismo também é considerado uma transgressão, punida com a expulsão. Aqueles que não pagam as dívidas também podem pagar com a vida, conforme "previsto" no salve.

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