quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Advogado nega suborno e diz que Humberto Braz foi alvo de cilada

Renato de Morais, advogado de Humberto Braz , ex-presidente da Brasil Telecom e preso na Operação Satiagraha sob acusação de tentativa de suborno, afirmou que seu cliente foi alvo de uma cilada. O advogado negou que Braz tenha participado de algum tipo de vantagem ou promessa financeira a qualquer autoridade pública. Segundo Renato de Morais, o encontro entre Humberto Braz, Hugo Chicaroni e o delegado Vitor Hugo Rodrigues, da Polícia Federal, não foi para a realização de uma negociação:"O pouco que se consegue entender do áudio da gravação é que foi uma conversa amena sobre assuntos dos mais variados”. Em entrevista após o término do interrogatório de seu cliente na 6ª Vara Criminal da Justiça Federal, nesta quarta-feira, em São Paulo, Renato de Morais disse que "houve uma provocação da autoridade policial para que aquele encontro em um restaurante (onde houve a suposta tentativa de suborno) se realizasse e a conversa fosse gravada”. E explicou que a provocação partiu da autoridade que presidia o inquérito (na ocasião, o delegado Protógenes Queiroz), que colocou um de seus auxiliares para se passar pelo responsável da investigação. A gravação dessa conversa, com a suposta tentativa de suborno de US$ 1 milhão de Braz e Hugo Chicaroni ao delegado Vitor Hugo, para que o nome do sócio-fundador do banco Opportunity, Daniel Dantas, e de seus familiares fossem excluídos do inquérito da Operação Satiagraha, serviu de base para o oferecimento da denúncia contra Dantas, Braz e Chicaroni. O advogado de Braz sustentou que "a provocação da autoridade policial é que levou a essa situação" e negou que houvesse a tentativa de suborno.

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