quinta-feira, 10 de julho de 2008

Tarso Genro defende uso de algemas durante as prisões

O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou nesta quarta-feira, peremptoriamente, que o País “passa por um momento de mudança em que privilegiados que antes se sentiam impunes, não são mais intocáveis”. Para o peremptório ministro Tarso Genro, não pode haver diferenciação entre classes sociais no uso ou não de algema no momento das prisões. “Não existe mais intocáveis no País, não existe privilegiados, que não são tocados pela lei. Portanto, eles baixam da sua condição de privilegiados e se tornam cidadãos iguais aos outros”, disse o peremptório ministro, ao comentar o uso de algemas nas prisões do banqueiro Daniel Dantas, do ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta, e do empresário Naji Nahas, durante a Operação Satiagraha. Continuou o imperial e peremptório ministro da Justiça: “A orientação que discuti com a Polícia Federal e o Luiz Fernando Correa, diretor-geral do órgão, nos passou, foi de que o uso das algemas deve ser avaliado pelo agente. O sentido é fazer a prisão com segurança e cumprir o mandado judicial ou o mandado de prisão. No caso concreto, a Polícia Federal não deve ter critério de classe. É equívoca essa visão. Se um cidadão de baixa renda pode ser algemado e ninguém reclamou, se para a prisão ser feita com segurança ou mesmo para proteger a pessoa de um ato desatinado, se o agente achar que deve fazer a prisão usando algemas, que o faça. Não haverá distinção nenhuma por parte da Polícia Federal”. Tarso Genro também rebateu as críticas de que houve “espetacularização” na atuação da Polícia Federal. Disse ele, peremptório: “Não houve abuso por parte da instituição, houve o erro de alguém que permitiu que ocorresse aquela divulgação. Portanto, não é responsabilidade da instituição, mas assumimos a responsabilidade de investigar, elogiando o trabalho desenvolvido pela Polícia Federal na Operação Satiagraha. É um inquérito muito bem feito, trabalhado nos moldes de todos os outros inquéritos e que as prisões foram feitas como são feitas as prisões em todos os inquéritos, com determinação judicial, com acompanhamento do Ministério Público. Agora, pegou determinadas pessoas de destaque. E essas pessoas de destaque têm um exacerbado sentido de defesa dos seus direitos, que inclusive é positivo porque pode nos ajudar a corrigir determinados erros”. Não é mesmo uma maravilha?

Nenhum comentário: