sábado, 19 de julho de 2008

Policia Federal indicia Daniel Dantas e mais nove por gestão fraudulenta e formação de quadrilha

A Polícia Federal indiciou nesta sexta-feira banqueiro Daniel Dantas, do Banco Opportunity, e mais nove pessoas investigadas na Operação Satiagraha, que apura crimes financeiros. Segundo o advogado Nélio Machado, que defende o banqueiro, eles foram indiciados sob acusação de gestão fraudulenta e formação de quadrilha. Daniel Dantas e os noves diretores do grupo Opportunity foram à Policia federal para prestar depoimento. Eles ficaram por cerca de seis horas mas, por orientação da defesa, permaneceram , sem dar respostas às perguntas feitas pelo delegado Protógenes Queiroz, que deve encerrar o relatório da Operação Satiagraha. O advogado Nélio Machado encaminhou um documento ao delegado Protógenes no qual justifica o silêncio de seus clientes. No documento, ele diz que o inquérito está cheio de "vícios insuperáveis" e de "fatos estranhos, inusitados e irregulares que permeiam a investigação" desde fevereiro de 2007. Machado contestou o indiciamento. "Chamar uma sociedade legalmente estabelecida na conformidade das leis do país de organização criminosa ou quadrilha é um despautério. É uma enormidade. É um absurdo", disse ele. O indiciamento é um ato policial pelo qual o presidente do inquérito conclui haver suficientes indícios de autoria e materialidade do suposto crime. indiciamento não significa culpa ou condenação. Deflagrada no último dia 8, a operação resultou na prisão de Daniel Dantas, do investidor Naji Nahas, do ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta, e de mais 14 pessoas suspeitas de integrarem a quadrilha. Todos já foram soltos por decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, que concedeu habeas corpus. Os únicos que continuam presos são o professor Hugo Chicaroni e Humberto Braz, assessor de Daniel Dantas. Eles foram denunciados pelo Ministério Público Federal em São Paulo por tentativa de suborno a um delegado federal para retirar o nome de Daniel Dantas do inquérito da Polícia federal. A Justiça Federal em São Paulo acatou a denúncia do Ministério Público e Daniel Dantas, Braz e Chicaroni respondem a ação por corrupção.

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