sexta-feira, 4 de julho de 2008

Ingrid Betancourt diz: “Tinha me preparado para mais quatro anos na selva"

Ingrid Betancourt afirmou, na quinta-feira, que esperava passar "mais quatro anos na selva" e ainda "não sabe" o que fará no futuro. "Tinha me programado para mais quatro anos na selva. Essa liberdade chegou de repente. Ainda estou anestesiada pelo choque. É difícil refletir por mim mesma", disse a ex-refém dos terroristas e traficantes de cocaína das Farc em entrevista ao canal de televisão público francês France 2. "O ideal para mim seria ter o dom da onipresença e estar ao mesmo tempo na Colômbia e na França", disse ela. Betancourt falou sobre a deterioração de seu Estado de saúde durante o cativeiro, dizendo que "com certeza" havia pensado que morrer era uma possibilidade. "A morte chega muito, muito rápido, na selva", disse, antes de afirmar que seus seqüestradores a haviam privado, inclusive, de medicamentos. Questionada sobre seu atual estado de saúde, ela respondeu: "Estou em plena forma. Em liberdade não há cansaço algum". Ingrid Betancourt também disse que, durante seu cativeiro, tinha "espasmos de ódio" contra seus seqüestradores. "Mas me dizia que, uma vez livre, eu queria estar livre de tudo, e em especial do ódio", afirmou, acrescentando que as Farc devem "corrigir" sua política que já não "representa nada na Colômbia" e "não tem nada de respeitável".

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