sábado, 26 de julho de 2008

Governo Yeda Crusius tem três baixas só nesta sexta-feira

O governo Yeda Crusius (PSDB), no Rio Grande do Sul, sofreu três novas baixas nesta sexta-feira. Entregaram seus cargos o deputado estadual Luiz Fernando Zachia (PMDB), secretário de Desenvolvimento; o secretário de Segurança, delegado federal José Francisco Mallmann, e o superintendente da Superintendência de Serviços Penitenciários, Geraldo Bertolo, um perito da Polícia Federal. Foram as chamadas “quedas anunciadas”, que eram esperadas há bastante tempo. Dos três, a queda mais esperada era a do secretário de Segurança. Videversus chegou a anunciar sua saída há cerca de três meses. Havia uma multidão de sinais de que ele não tinha mais lugar no governo. Na área de segurança, todo mundo sabia disso, tanto que José Francisco Mallmann já não mandava em ninguém, a não ser nele mesmo. A queda do superintendente da Susepe é natural: caiu o protetor, caiu ele também. Os dois tinham uma coisa em comum: queriam subordinar completamente a política de segurança do Estado do Rio Grande do Sul ao Ministério da Justiça, ou seja, ao ministro petista Tarso Genro. Resumindo, então: fizeram tudo para cair. Já a queda de Luiz Fernando Zachia nem precisa de comentário. Ele deveria ter entendido que sua demissão da Casa Civil era o sinal para ter saído do governo. Preferiu estender o calvário. Sai agora com a fraca desculpa de que irá coordenar a campanha à reeleição do prefeito José Fogaça. Zachia se enfraqueceu notavelmente quando seu apadrinhado na direção do Detran, Herminio Bitencourt, foi flagrado na Operação Rodin, que desvendou uma fraude que desviou mais de 45 milhões de reais dos cofres da autarquia gaúcha. A governadora Yeda Crusius tem agora um imenso desafio em acertar a área de segurança pública. No resto, extraída a parte política, o seu governo vai muito bem, com um sucesso inacreditável de atração de investimentos e resultados fantásticos na administração econômico-financeira.

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