terça-feira, 15 de julho de 2008

Direção da Abin nega envolvimento com a Operação Satiagraha da Polícia Federal

Em nota à imprensa divulgada nesta segunda-feira, a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) admitiu que pode atuar em parceria com a Polícia Federal em investigações. Mas, negou que sua diretoria tenha participado da Operação Satiagraha, conduzida pela Polícia Federal, que provocou a decretação de prisão do banqueiro Daniel Dantas, do investidor Naji Nahas e do ex-prefeito Celso Pitta (PTB). Interlocutores do governo informaram que a ação policial teria provocado um mal-estar na relação do diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, e seu sucessor no comando da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa. Segundo suspeitas, por orientação de Lacerda teriam sido feitas escutas telefônicas durante a Operação Satiagraha. Em tom de indignação, Lacerda reagiu às insinuações sobre a eventual participação da agência nas ações da Satiagraha. "A Abin não realiza quaisquer atividades para as quais não possua respaldo na legislação em vigor. Por isso, considera absurdas e levianas as declarações de que tenha executado monitoramento telefônico de quaisquer pessoas, sejam elas do setor público ou privado", diz a nota. Segundo a nota, Lacerda não participa de ações da PF desde que deixou a corporação desde agosto de 2007. De acordo com o documento, o diretor-geral da Abin dedica-se "exclusivamente" à sua atual função. Porém, a nota informa claramente que se procurada a agência se dispõe a contribuir com as ações de outros órgãos federais. "Caso solicitada, a Abin estará sempre à disposição dos órgãos parceiros, para auxiliar em trabalhos de sua atribuição, como ocorre em algumas grandes investigações, que, não raro, contam com a participação de integrantes de vários órgãos da Administração Pública Federal", diz a nota.

Nenhum comentário: