terça-feira, 8 de julho de 2008

Deputado federal Paulinho da Força Sindical nega participação nas fraudes no BNDES

O deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical (PDT-SP), rebateu nesta terça-feira que tenham ocorrido fraudes no BNDES. Acusado de desviar recursos da instituição, Paulinho disse ser "impossível ter fraudes no BNDES". Para justificar sua afirmação, ele leu uma longa nota da instituição, informando que as decisões no órgão são tomadas de forma colegiada. Paulinho disse ainda que conhece o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, há mais de 20 anos, e também o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Segundo o deputado, ele tem uma "relação de amizade" com os dois. Ambos foram sugeridos por Paulinho como suas testemunhas de defesa no Conselho de Ética da Câmara. Paulinho negou também que João Pedro de Moura (flagrado por câmeras da Polícia Federal 39 vezes na área dos gabinetes da Câmara) seja seu assessor parlamentar. Segundo ele, Moura presta serviços a uma empresa que tem contratos com a Força Sindical. "Não tenho como responder pelos atos de João Pedro de Moura", afirmou o deputado. "João Pedro cuida para nós de prestação de contas, de qualificação profissional para várias entidades sindicais", disse Paulinho, que fez sua defesa oral no Conselho de Ética. Ao iniciar sua defesa, Paulinho da Força Sindical pediu desculpas aos colegas se eventualmente foi "agressivo e arrogante". Depois, afirmou que "as coisas no meio sindical não são flores": "Para mim é muito difícil estar aqui agora. Meu lugar é estar nas ruas, na porta das fábricas. Por isso peço desculpas se por ventura me comportar de forma pouco convencional. Minha vida só me permite lutar. Eu sou inocente do que me acusam. Se eu corro, eu perco o que tenho de melhor, a minha dignidade. Nunca usei meu mandato irregularmente".

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