segunda-feira, 28 de julho de 2008

Contas externas brasileiras têm pior desempenho no primeiro semestre desde 1947

A conta corrente do balanço de pagamentos do Brasil com o Exterior registrou em junho um déficit de US$ 2,596 bilhões, totalizando no primeiro semestre de 2008 um saldo negativo de US$ 17,402 bilhões, o equivalente a 2,51% do Produto Interno Bruto (PIB). O desempenho é o pior acontecido na história da economia nacional, desde o ano de 1947. De janeiro a junho do ano passado, a conta corrente teve superávit de US$ 2,413 bilhões, o equivalente, à época, a 0,38% do PIB. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central. No resultado de junho, a balança comercial contribuiu com um saldo positivo de US$ 2,718 bilhões, enquanto a conta de serviços e rendas registrou déficit de US$ 5,635 bilhões. As transferências unilaterais tiveram saldo positivo de US$ 320 milhões no mês passado. No primeiro semestre, a balança comercial contribuiu com um superávit de US$ 11,349 bilhões, a conta de serviços e rendas com déficit de US$ 30,603 bilhões e as transferências unilaterais, com saldo positivo de US$ 1,852 bilhão. No acumulado de 12 meses (julho de 2007 a junho deste ano), a conta corrente do balanço de pagamentos acumula um déficit de US$ 18,103 bilhões, o equivalente a 1,32% do PIB. Os investimentos estrangeiros diretos (IED) no Brasil somaram US$ 2,718 bilhões em junho, totalizando US$ 16,702 bilhões no primeiro semestre do ano (equivalente a 2,41% do PIB). Em junho de 2007, o IED havia sido de US$ 10,318 bilhões, com acumulado de US$ 20,852 bilhões no período de janeiro a junho (à época, 3,28% do PIB). No acumulado de 12 meses encerrado em junho, o IED registra um saldo positivo de US$ 30,435 bilhões, o equivalente a 2,22% do PIB. As remessas de lucros e dividendos das empresas ao Exterior somaram em junho US$ 3,396 bilhões, ante US$ 1,746 bilhão em junho do ano passado. No primeiro semestre, as remessas totalizaram US$ 18,993 bilhões, quase o dobro dos US$ 9,807 bilhões verificados no período de janeiro a junho de 2007. As despesas com juros somaram em junho US$ 565 milhões, ante US$ 561 milhões em junho de 2007. No primeiro semestre, o gasto com juros somou US$ 3,356 bilhões, ante US$ 4,514 bilhões em igual período de 2007.

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