sábado, 26 de julho de 2008

Começa grande disputa no governo Lula pelos lugares na direção da nova estatal do petróleo

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, entrou em rota de colisão com outros integrantes do governo Lula por causa de sua proposta de criar uma nova estatal do petróleo para administrar as reservas da camada pré-sal. A idéia é resultado de uma divisão da base aliada do governo Lula, opondo PT e PMDB. Como Lobão não tem controle sobre a Petrobras (área de influência do PT, mais especialmente da neo-petista Dilma Rousseff), então ele decidiu abraçar a idéia para ampliar o poder do PMDB e do seu grupo. Se progredir a sua idéia, a nova estatal administrará as reservas do pré-sal que ainda não foram licitadas. Pela proposta, a Petrobras manterá os campos que já estão sob concessão (em oito deles foram feitas descobertas e a empresa investiu US$ 1,6 bilhão só na perfuração de 17 poços, que ainda não produzem óleo). Ou seja, nenhum ativo atual da empresa migrará para a nova estatal. Historicamente, o PMDB teve forte influência na área de energia até a chegada de Dilma Rousseff ao Ministério de Minas e Energia, no primeiro mandato de Lula. Atualmente, o partido controla apenas uma diretoria da Petrobras, a Internacional, tida como a menos estratégica.

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