sábado, 26 de julho de 2008

Candidaturas de "esquerda" disputam segundo lugar em Porto Alegre

Com trajetórias políticas construídas na militância em partidos ditos de esquerda, que aderiram totalmente ao governo neo-liberal de Lula, as deputadas federais Maria do Rosário (PT) e Manuela D'Ávila (PCdoB) travam, entre si, uma disputa acirrada pelo segundo lugar na corrida eleitoral de Porto Alegre. Elas têm 20% e 18% das intenções de votos, respectivamente, conforme pesquisa do Datafolha. A fragmentação dos partidos reacionários de esquerda em várias candidaturas ocorre pela primeira primeira vez desde 1988, quando o PT venceu a eleição e deu início a uma dinastia na capital gaúcha que só seria quebrada em 2004, com a vitória do atual prefeito José Fogaça (PMDB). O peemedebista, candidato à reeleição, lidera a pesquisa, com 29% das intenções de voto. Com 4m48 de tempo de TV, Manuela só terá 10 segundos a mais que a petista. Maria do Rosário e Manuela D’Ávila têm outro ponto em comum: ambas começaram a atividade política no PCdoB, e são doutoradas em totalitarismo. O PCdoB, até hoje, idolatra a figura do grande assassino genocida Joseph Stalin. Também idolatra as figura dos ditadores assassinos Fidel Castro, Nicolae Ceausescu e Enver Hoxa. Este último, ditador da Albânia, foi tido por bastante tempo pelo PCdoB como “farol da humanidade”. Por causa das similaridades entre ambas, Maria do Rosário e Manuela traçam estratégias de campanha bastante distintas para tentar se diferenciar diante do eleitor, o que é algo bastante difícil. Maria do Rosário trabalha para colar sua candidatura à popularidade do presidente Lula. Em todos os discursos ou entrevistas que dá, Maria do Rosário cita o presidente ou ações do governo federal. Sua estratégia ganhará um reforço substancial, espera ela, com a participação ativa de ministros petistas na sua campanha. Durante a prévia do PT, a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (uma neo-petista, ela era do PDT, e “traiu o partido, indo para o PT por um prato de lentilhas”, conforme o ex-governador Leonel Brizola), apoiou a pré-candidatura do trotskista Miguel Rossetto (membro do grupelho DS – Democracia Socialista). Já Manuela D'Ávila procura chegar ao segundo turno com o apoio de uma aliança de sete partidos. Mas , sua aliança direta é com o PPS (partido que elegeu José Fogaça prefeito, o mesmo partido do ex-governador Antonio Britto, até hoje demonizado por ter privatizado o mamute CRT – Companhia Riograndense de Telecomunicações, que não entregava telefone para ninguém). Porém, como se trata do PCdoB, ninguém deve exigir coerência desse partido e de Manuela D’Ávila. Afinal, o PCdoB fez parte do governo de Roseana Sarney no Maranhão. Precisa dizer mais? "A nossa proposta é para quem quer algo novo. Estamos dialogando com a cidade como um todo, e não com um determinado conjunto de eleitores”, diz Manuela D’Ávila. Então tá..... como se alguém pudesse esperar algo novo do PCdoB.

Nenhum comentário: