quarta-feira, 16 de julho de 2008

Cacciola é extraditado de Mônaco para o Brasil e chega nesta quinta-feira

O ex-banqueiro Salvatore Cacciola foi extradita pelo Principado de Mônaco nesta quarta-feira e chegará ao Brasil nesta quinta-feira, devendo desembarcar por volta das 5 horas no Rio de Janeiro. Ele deixou Mônaco em um helicóptero, seguindo para Nice. Ele recebeu uma escolta formada por agentes da Polícia Federal e funcionários do Ministério da Justiça. De Nice seguiu para Paris, e dali foi recambiado ao País em vôo da TAM. A extradição de Cacciola foi anunciada há 12 dias, quando o governo de Mônaco autorizou a extradição do ex-banqueiro, que está condenado no Brasil a 13 anos de prisão pela prática de vários crimes. O ex-banqueiro foi preso pela Interpol em Mônaco, em setembro do ano passado, enquanto passava um final de semana de lazer, longe da Itália, país do qual tem a nacionalidade e de onde não poderia ser extraditado para o Brasil em decorrência de acordos diplomáticos. Em 1999, o banco Marka quebrou com a desvalorização cambial. Mas, contrariando o que ocorria no mercado, o Marka e o banco FonteCindam assumiram compromissos em dólar. O banco de Cacciola, por exemplo, investiu na estabilidade do real e tinha 20 vezes seu patrimônio líquido comprometido em contratos de venda no mercado futuro de dólar. O Banco Central socorreu as duas instituições, vendendo dólares com cotação abaixo do mercado, tentando evitar que quebrassem. A justificativa para a ajuda oficial às duas instituições foi a possibilidade de a quebra provocar uma "crise sistêmica" no mercado financeiro. Em 2005, a juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, condenou Salvatore Cacciola, à revelia, a 13 anos de prisão. O então presidente do Banco Central, Francisco Lopes, recebeu pena de dez anos em regime fechado e a diretora de Fiscalização do Banco Central, Tereza Grossi, pegou seis anos. Os dois recorreram e respondem ao processo em liberdade. Em 18 de setembro do ano passado, a juíza federal Simone Schreiber, da 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, determinou a prisão preventiva do ex-banqueiro.

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