segunda-feira, 28 de julho de 2008

Anistia Internacional denuncia Olimpíada como pretexto para a repressão na China

Faltando menos de duas semanas da abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, a China utiliza o evento para reforçar sua repressão contra os defensores dos direitos humanos e expulsar os "indesejáveis" de Pequim, disse nesta segunda-feira a Anistia Internacional. "As autoridades utilizaram os Jogos Olímpicos como pretexto para intensificar as medidas e as práticas existentes que levaram a violações freqüentes dos direitos humanos", disse a organização em um relatório apresentado em Hong Kong. "A repressão contra os defensores dos direitos humanos, os jornalistas e os advogados se intensificou devido à organização da Olimpíada em Pequim", afirmou a organização de defesa dos direitos humanos, com sede em Londres. "A menos que haja uma mudança radical das autoridades, o legado das Olimpíadas não será positivo para os direitos humanos na China", completou. A organização conclamou o Comitê Internacional Olímpico (CIO) e os dirigentes políticos a serem mais exigentes com Pequim, advertindo para medidas ainda mais repressivas depois dos Jogos Olímpicos. A Anistia Internacional enumerou cinco medidas para melhorar a situação dos direitos humanos no país, já apresentadas em uma carta aberta enviada ao presidente chinês, Hu Jintao. A organização pediu a China que "liberte todos os prisioneiros políticos, impeça a polícia de promover detenções arbitrárias, publique a totalidade das estatísticas sobre a pena de morte e instaure uma moratória das execuções", além da liberdade total para a imprensa em Pequim. Durante a preparação para a Olimpíada, as autoridades intensificaram o uso da detenção administrativa, principalmente contra os militantes dos direitos humanos e os mendigos.

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