terça-feira, 24 de junho de 2008

VarigLog acusa Gol de tentar quebra da empresa

A briga envolvendo a VarigLog não se limitou ao fundo americano Matlin Patterson e aos sócios brasileiros da empresa. Em documento datado de 28 de abril deste ano, enviado ao juiz José Paulo Magano, da 17ª Vara Cível de São Paulo, o escritório do advogado Roberto Teixeira (compadre de Lula), acusa a Gol de trabalhar para a falência da VarigLog visando beneficiar a Gollog, sua empresa de cargas. Afirma ainda que há "sérios indícios de crime contra a economia e a concorrência" em atos da Gol relacionados à VarigLog e que essas informações serão levadas ao conhecimento das autoridades competentes "muito em breve". Ou seja, a carta anunciava que o “compadre” seria procurado. Um dos argumentos do escritório no texto é um pedido da GTI (empresa criada pela Gol para comprar a Varig), na Justiça, do pagamento de R$ 8,16 milhões que a VarigLog deveria à companhia. O valor se refere a uma diferença de cálculo do pagamento de debêntures a credores da Varig. A Gol assumiu a emissão de debêntures quando comprou a companhia da VarigLog, em março de 2007. Como a GTI entrou com execução na Justiça exigindo o pagamento, em um momento de dificuldades financeiras da VarigLog, o Teixeira Martins alega no documento que a intenção era a de sabotar a empresa de cargas, sua concorrente. Outro indício da tentativa de sabotagem seria o desligamento, pela GTI, dos sistemas de água, luz e telefone de áreas aeroportuárias da VarigLog no aeroporto de Congonhas, em 18 de abril. Em um dos tópicos do documento enviado ao juiz Magano, a VarigLog fala sobre "a real intenção da agravada (a GTI)". "Cumpre à agravante (a VarigLog) esclarecer a esse tribunal que o grupo Gol, controlado pela agravada, está em aberta campanha objetivando a falência da agravante, sua concorrente direta no transporte aéreo de carga brasileiro”.

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