segunda-feira, 9 de junho de 2008

Receita vai investigar 13 mil milionários por suspeita de sonegação

A Receita Federal vai utilizar os dados da CPMF, recolhida até o final do ano passado, para fiscalizar 13,8 mil pessoas físicas com indícios de sonegação. São contribuintes com movimentação financeira milionária, mas que apresentaram declarações de Imposto de Renda bem modestas. A medida faz parte do novo programa de fiscalização da Receita, que inclui também 8,6 mil empresas com "indícios concretos de sonegação". O processo de fiscalização começa nesta segunda-feira, quando serão iniciadas ações contra 2.000 contribuintes, entre pessoas físicas e jurídicas, suspeitas de sonegar cerca de R$ 1 bilhão. Para chegar a esses números foram utilizados os dados das declarações apresentadas nos últimos cinco anos (de 2003 a 2007), que serão comparados à movimentação na conta corrente por meio da CPMF paga no período. O coordenador-geral de Fiscalização da Receita, Marcelo Fisch, afirmou que, em relação ao contribuinte pessoa física, há 4.589 casos de movimentações bancária 190 vezes maior, em média, do que a renda informada na declaração do Imposto de Renda. Há também 9.214 profissionais liberais sem vínculo empregatício com rendimento incompatível com a movimentação financeira. No caso das 8,6 mil empresas que serão investigadas, há 938 pessoas jurídicas que se declaram inativas, mas movimentaram cerca de R$ 8 bilhões no ano passado. Outras 3.617 declararam inexistência de receita, mas tiveram movimentação de R$ 89 bilhões. Por fim, há 4.045 empresas com dados incompatíveis entre CPMF e declaração.

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