domingo, 8 de junho de 2008

Quadrilha ligada ao "Comendador Arcanjo" desviou meio bilhão de reais em Brasília

O mafioso João Arcanjo Ribeiro, conhecido como Comendador Arcanjo, está preso há cinco anos, acusado de crimes que vão de corrupção a assassinato. Investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal revelam que, mesmo atrás das grades, ele continua no comando de ações criminosas em Mato Grosso e no Distrito Federal. Documentos apreendidos mostram que o Comendador Arcanjo ajudou a financiar a campanha do ex-governador e ex-senador Joaquim Roriz. Como pagamento, foi brindado com contratos milionários na área de prestação de serviços de informática, todos superfaturados. Os desvios podem chegar a meio bilhão de reais. As investigações mostram que a quadrilha começou agindo no governo Roriz e permanece ativa na atual administração, a do democrata José Roberto Arruda, que sucedeu a Roriz com um discurso de moralidade e eficiência administrativa. O epicentro das investigações localiza-se na empresa Sapiens Tecnologia, cujo dono, Messias Ribeiro, é um ex-bicheiro amigo de Arcanjo. A Polícia Federal apreendeu na casa dele, em 2004, documentos que comprovam sua ligação com o chefe de quadrilha preso. Apreendeu também recibos e anotações indicando propinas dadas a políticos locais em troca de negócios com o governo. Uma das anotações faz referência a um pagamento de 500.000 dólares ao ex-governador Joaquim Roriz. Em outro documento, há uma anotação que a polícia entendeu ser a explicação para o pagamento: "O governador me disse que vai atender tudo", escreveu a mão Messias, em fax enviado a um assessor de Arcanjo. O operador avançado da quadrilha na administração do Distrito Federal, segundo as investigações, era Durval Barbosa, um delegado de polícia aposentado, responsável pela maioria dos contratos superfaturados assinados com a Sapiens. Durval Barbosa é o elo entre a administração Roriz e a atual, de José Roberto Arruda. Barbosa é secretário de Relações Institucionais de Arruda, e a Sapiens continua se candidatando a novos negócios no governo local. Os promotores apuraram que a empresa poderia até ganhar um milionário contrato para instalar um sistema de monitoramento nas ruas da capital. O governador Arruda disse que seria "injusto" demitir seu secretário até que o processo seja julgado. Então tá.... já está tudo entendido....

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