domingo, 8 de junho de 2008

Prefeitos gaúchos tentam manter projeto da Stora Enso

Indignados com o veto do Incra, um órgão federal controlado pelo MST, à venda de terras para a papeleira Stora Enso, prefeitos e lideranças da Fronteira Oeste e do Centro do Estado do Rio Grande do Sul fizeram uma reunião em Rosário do Sul, para elaborar um manifesto de apoio aos investimentos da empresa na região. Um dos atos será uma carta-documento, a ser entregue à ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, pedindo a intervenção do governo Lula no caso. Com a ameaça de cancelamento da injeção de quase US$ 2 bilhões pela companhia sueco-filandesa de florestamento na região, as autoridades temem que a empresa desista de manter atividades no Estado. “Isso seria trágico para os municípios, já que nós praticamente depositamos nossas esperanças de crescimento na Stora Enso”, disse o prefeito de Manoel Viana e presidente da Associação dos Municípios da Fronteira Oeste, Gustavo Medeiros (PDT). Em Unistalda, o prefeito José Ribeiro (PP) afirma que perder os 1,5 mil hectares plantados no município representariam o desaparecimento não só de 70 empregos, mas da capacidade de investimentos na localidade. Nas contas dos prefeitos, são 480 pessoas empregadas em quase 10 mil hectares já plantados pela empresa. Os US$ 2 bilhões seriam aplicados em uma fábrica de celulose na Fronteira Oeste e na aquisição de 100 mil hectares para ampliação da base florestal. Movido pela legislação que regula a faixa de fronteira (área de 150 quilômetros paralela ao limite do território nacional), o Incra vetou na última terça-feira a compra de duas fazendas em São Francisco de Assis. Outros 14 pedidos da companhia ainda tramitam no Incra e deverão ser vetados. O Incra é totalmente dominado pelos terroristas do MST.

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