terça-feira, 24 de junho de 2008

Dilma Rousseff admite ter mantido reunião com o “compadre” presidencial Roberto Teixeira

A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, confirmou nesta terça-feira que recebeu o advogado Roberto Teixeira e sua filha, Valeska Teixeira, em pelo menos duas ocasiões, no Palácio do Planalto. Foi a primeira vez que a ministra admitiu ter se reunido com o “compadre” Teixeira, acusado de influenciar na aprovação da venda da VarigLog ao fundo Matlin Patterson e a três sócios brasileiros, em junho de 2006. Indignada, ela disse que há uma "tentativa de escandalizar o nada", referindo-se aos seus contatos com o advogado. "Se você olhar a minha lista de audiências, ela abrange uma quantidade muito grande de pessoas, empresários, de vários setores da sociedade. Eu não vejo razão para se questionar os encontros com Teixeira e sua filha, a não ser que alguém queira criminalizar o nada. Não entendo inclusive a pergunta", afirmou Dilma Rousseff, que só gosta de compreender perguntas que lhe agradem. Segundo Dilma Rousseff, o advogado (“compadre” de Lula) e sua filha trataram sobre os leilões da Varig. "Eles vieram tratar basicamente naquela época, foi bem no início do processo, da questão relativa aos leilões da Varig”, disse ela. Até então, a assessoria da ministra negava encontros dela com o compadre presidencial Roberto Teixeira. Questionada se sua agenda era uma "obra de ficção", uma vez que o advogado não apareceu em ocasião alguma, Dilma Rousseff reagiu de maneira brusca, como é seu hábito: "Minha agenda não é uma ficção pura. Minha agenda é em alguns momentos uma impossibilidade porque eu tenho às vezes três encontros na mesma hora. Chega a ser uma impossibilidade. É bom que se diga que eu atendo em média quase doze horas por dia".

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