sábado, 14 de junho de 2008

CPI das ONGs vai promover acareação entre ex-presidente da Finatec e promotores

A CPI das ONGs fará na próxima quarta-feira, a partir das 14 horas, uma acareação entre os promotores Gladaniel Palmeira de Carvalho e Ricardo Antônio de Sousa, do Ministério Público Federal do Distrito Federal, e o ex-presidente da Finatec (Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos, fundação de direito privado que se utilizou do nome da Universidade de Brasília), Antônio Manoel Dias Henrique. Os três já prestaram depoimentos à CPI e, conforme o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), autor do pedido de acareação, existem divergências nas informações repassadas. Os promotores, que investigam irregularidades na Finatec, divergem do ex-presidente da fundação quando ele diz, por exemplo, ter enviado ao Ministério Público suas contas depois de 1999, mas que não obteve retorno, nem em relação à aprovação, nem à rejeição. A principal denúncia que pesa contra a Finatec, conforme o relator da CPI das ONGs, senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), é o ter se tornado uma intermediadora de interesses de empresas privadas. Tal intermediação teria possibilitado, segundo o relator, que órgãos públicos se livrassem da exigência de realizar licitações na contratação de serviços. A CPI decidiu investigar a Finatec após a publicação de denúncia na imprensa de que o então reitor da Universidade de Brasília, Timothy Mulholland, mobiliara luxuosamente seu apartamento funcional usando dinheiro que a Finatec deveria destinar a pesquisas científicas.

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