domingo, 15 de junho de 2008

Construção da plataforma P-53 em Rio Grande segue acelerada

No porto de Rio Grande, segue acelerado o ritmo de montagem da plataforma P-53 da Petrobras. Durante as 24 horas do dia, um exército de 4.200 homens se movimentam sem parar. Esses homens são engenheiros, eletricistas, soldadores e todo outro tipo de profissional. Eles se movimentam em centenas de compartimentos, alguns mantidos em completo sigilo, como a sala de comandos. Todos participam de uma corrida contra o tempo, para cumprir o prazo de entrega da plataforma. Está marcado que ela deverá zarpar para o Rio de Janeiro no dia 15 de agosto. São quase 400 quilômetros de cabos elétricos distribuídos pelos seis andares da estrutura e quase 4 mil toneladas de estruturas metálicas. Em cada andar, salas e compartimentos de todos os tamanhos, para fins diversos: escritórios, almoxarifado, auditórios, lavanderia, cafeteria, salas de vídeo e cinema, ambulatório, cozinha industrial, restaurante, sala de ginástica, sanitários, dormitórios, além de uma quadra poliesportiva e uma piscina. Nos últimos meses de trabalho, as equipes contratadas pela Quip (consórcio responsável pela obra, formado pelas empresas Queiroz Galvão, Ultratec e Iesa) passaram a ocupar os três turnos. Na madrugada, o serviço é essencialmente o de preparar a área para o dia seguinte. O diretor de suporte corporativo à gestão da Quip, Marcos Reis, avalia que a obra está 98% concluída. A fase final, que se estenderá pelos próximos dois meses, será de testes. A parte mais difícil e detalhada foi a integração dos 14 módulos que compõem a plataforma, como compressão de gás, tratamento e separação de óleo. Com pesos superiores a 300 toneladas cada, eles foram içados do chão. Outros vieram de Niterói (RJ), onde a Quip também atua, ou importados de Cingapura, de onde veio o casco que serve de base para a plataforma. O quebra-cabeça da disposição e integração das unidades sobre o casco consumiu sete meses. Tudo isso deixou a P-53 com aproximadamente 110 mil toneladas de peso. Com o maior turret (torre receptora das linhas flexíveis de produção) do mundo, a altura máxima chega aos 145 metros. Sessenta dias, garante Reis, serão suficientes para a finalização do projeto, orçado em US$ 1,3 bilhão. Com isso, a plataforma será terminada em 10 meses e meio (contados a partir da liberação alfandegária do casco para início dos trabalhos, no início de outubro de 2007), e a P-53 se torna um recorde nacional.

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