domingo, 22 de junho de 2008

“Compadre” Teixeira quer VarigLog nas mãos de fundo norte-americano

O escritório de advocacia de Roberto Teixeira, compadre do presidente Lula, tenta manter o comando da VarigLog nas mãos do fundo norte-americano Matlin Patterson. O escritório Teixeira, Martins e Advogados pede que a diretoria da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) analise a tese de que a Constituição não impõe limites a estrangeiros no comando de empresas com sede no País. A argumentação de Teixeira é que não importa a origem do capital, basta ter sede em território nacional para a empresa atuar. A diretoria da Anac se reúne na próxima terça-feira. Se o recurso for acatado, a VarigLog não vai precisar entregar a nova composição societária da companhia à Anac, que fixou o dia 7 de julho para a companhia atender a exigência do CBAer (Código Brasileiro de Aeronáutica), passando para brasileiros o controle de 80% das ações com direito a voto. Por decisão da Justiça, foram excluídos da empresa os três sócios brasileiros, acusados de gestão temerária, mantendo, assim, o fundo norte-americano Matlin Patterson como o único sócio da empresa. O escritório de Teixeira passou a atuar no caso depois que a venda da Variglog para o fundo norte-americano já havia sido aprovada pelo DAC (Departamento de Aviação Civil), que foi posteriormente substituído pela Anac. Roberto Teixeira foi acusado pela ex-diretora da Anac, Denise Abreu, de ter usado sua influência junto ao governo Lula para pressionar a agência a favor de seus clientes.

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