domingo, 18 de maio de 2008

Inquérito da Polícia Federal cita Paulinho da Força Sindical 75 vezes

O deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, pediu arquivamento do caso BNDES ao corregedor da Câmara dos Deputados, o deputado federal Inocêncio Oliveira (PR-PE), alegando que seu nome foi citado apenas três vezes na investigação da Polícia Federal. Mas o inquérito Santa Tereza, investigação conjunta da Polícia Federal com a Procuradoria da República que apura desvios de verbas do BNDES, revela que o nome do parlamentar é citado pelo menos 75 vezes. Apenas no relatório 10, o último produzido pela Polícia Federal, Paulinho aparece 26 vezes. Também é "chefe" e "chefe maior" de João Pedro de Moura, o lobista a quem os federais atribuem papel crucial no esquema BNDES, e do coronel Wilson Consani, apontado como araponga de Paulinho para missões ainda não esclarecidas. O pedetista é mencionado em todas as etapas da investigação, passo a passo, inclusive na fase que antecedeu a operação e também após as prisões, que foram realizadas na manhã de 24 de abril. Até conversas de Paulinho da Força Sindical ao telefone estão lançadas nos autos da Operação Santa Tereza. Até filmado ele foi, dentro da Câmara dos Deputados, ao lado de Moura, seu antigo aliado. Os federais seguiam o lobista e o pegaram entrando no gabinete de Paulinho da Força Sindical com uma mochila. São três os nomes mais próximos a Paulinho, segundo a Polícia Federal: Moura, que está preso no Cadeião 2 de Guarulhos; Consani, homem de confiança do deputado federal, e Tosto.

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