quarta-feira, 30 de abril de 2008

Transportadores acionarão governo Lula por perdas com a greve de fiscais da Receita

Transportadoras de cargas estudam acionar o governo Lula para cobrir perdas com a greve dos auditores da Receita, que nesta quarta-feira completa 42 dias. A principal reclamação recai sobre as diárias extras que as empresas pagaram pela estadia prolongada dos caminhões nas Eadis (Estações Aduaneiras do Interior), por onde o desembaraço fiscal das cargas é feito antes de cruzar a fronteira. O assunto será discutido em assembléia no mês de maio da NTC & Logística (Associação Nacional das Transportadoras de Cargas), que congrega todos os sindicatos patronais do País. "A perda foi muito grande e estamos discutindo como iremos pedir o ressarcimento da Justiça uma vez que é do governo a responsabilidade pela administração das Eadis", afirmou o vice-presidente de assuntos internacionais da NTC & Logística, Ademir Pozzani. O dirigente disse que as diárias cobradas nas Eadis durante a greve deveriam ter sido suspensas, já que o tempo de espera para ter um caminhão fiscalizado pelos auditores se estendeu para até um mês. "Não podemos aceitar que a Eadi tenha lucro por causa da greve que está nos prejudicando. Por isso, temos que tomar uma medida judicial contundente e pedir o ressarcimento." O valor do pedido de indenização ainda está sendo estudado. No pátio de uma Eadi, o transportador pode pagar entre R$ 25,00 a mais de R$ 200,00 de diária. O valor final da taxa depende do serviço incluso, como energia elétrica, conserto do veículo ou guarda da carga. Em Foz do Iguaçu (PR), por exemplo, o estacionamento está sempre lotado (tem capacidade para cerca de 800 veículos) pois o despacho diário de caminhões, com a greve, caiu de 500 para cem.

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