segunda-feira, 14 de abril de 2008

Senador Arthur Virgílio diz que ministro Tarso Genro “faz apologia ao Estado policial”

O líder do PSDB no Senado Federal, senador Arthur Virgílio (AM), reagiu na sexta-feira às declarações do ministro da Justiça, Tarso Genro, favoráveis à elaboração de “bancos de dados” para levantar informações sobre despesas realizadas com recursos públicos. Segundo Arthur Virgilio, Tarso Genro fez "apologia ao Estado policial" em um "pensamento autoritário" ao defender o dossiê contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "Elaborar dossiê, com dados pinçados para atingir adversários políticos, para o ministro, não constitui crime. Não é só correto, como necessário, diz ele, numa defesa sem peso da prática da delação, da espionagem e da perseguição política. É a apologia do Estado policial", afirmou Arthur Virgílio em nota. Segundo o senador, a tentativa de Tarso Genro de "dirigir e limitar o trabalho investigativo da Polícia Federal" merece "repulsa". Arthur Virgilio defende que a Polícia Federal investigue tanto o vazamento de informações da Casa Civil que deu origem ao dossiê, quanto o responsável pela sua confecção. "Os dados não são sigilosos, como afirma o Palácio do Planalto? Então, compilar dados sigilosos, para fins políticos, não é crime? Nas confusas declarações, o próprio ministro admite que é, ao dizer que quem fez o dossiê poderia ser co-autor no crime de vazamento", comentou Arthur Virgilio. Muito provavelmente Arthur Virgilio não conheça o passado de Tarso Genro no PRC (Partido Revolucionário Comunista).

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